25 set, 2018 DIDI MILTON Saúde 0
O desperdício de alimentos está dentro dos lares, como aponta uma pesquisa realizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no País, com apoio da Fundação Getúlio Vargas (FGV). De acordo com o levantamento, alimentos como arroz e feijão representam cerca de 38% dos alimentos jogados fora no Brasil. Na Paraíba, foram ouvidas famílias nos municípios de João Pessoa, Campina Grande, Patos e Coremas.
Além do desperdício de feijão e arroz, as 34 famílias paraibanas ouvidas reportaram desperdiçar cuscuz, sobras de salsicha, creme de carne com legumes e azeitonas, restos de bolachas, biscoito maisena, resto de calabresa, sobra de refeições, sopa de macarrão.
Como boa dona de casa, a comerciante Maria das Dores Dutra afirmou que luta contra o desperdício, inclusive em casa. Ela aproveita tudo. “Se sobra arroz ou feijão, faço uma sopa. Quando o tomate está bem madurinho, faço molho e assim nada se perde”, ensinou.
O analista da Embrapa, em Brasília, Gustavo Porpino, analisou que, apesar das dificuldades financeiras que o brasileiro enfrenta, o desperdício de alimentos ainda é grande. “Na crise (econômica), o consumidor busca comprar o que tem preço relativo menor. O arroz foi um dos mais desperdiçados. Famílias de classe média compram sacos de 5 kg porque o preço cai. Mas, diante da valorização da fartura na mesa, quando se monta um estoque abundante, termina promovendo o preparo abundante do alimento, aumentando a chance de sobrar e desperdiçar, e não reaproveitam as sobras”, disse.
Outro fator, segundo ele, é que famílias com renda menor costumam fazer uma grande compra mensal. “Um percentual elevado da amostra, 61%, dão prioridade a essa compra maior. Essa compra não é bem planejada. Compram itens desnecessários”, disse.
Renda versus desperdício
De cada quilo de alimento que a família brasileira desperdiça, 220 gramas são de arroz e, no que se refere a jogar comida no lixo, não existem diferenças entre as classes sociais. “Quando cruzamos o volume de alimento desperdiçado com a renda, não há diferenças significantes entre as classes. O comportamento de desperdiçar carne e frango também existe na classe C”, ressaltou Gustavo Porpino.
Ele disse que, nas classes A e B, no entanto, existe uma maior tendência de desperdiçar hortaliças. “Isso se explica porque também compram mais. Podemos afirmar que o desperdício nas classes A e B é mais diverso. Nas classes média e baixa, o desperdício é mais focado em itens como arroz feijão, carne bovina e frango”, acrescentou.
Porpino afirmou que existe uma contradição relevante, mostrando que os consumidores não costumam admitir que o desperdício ocorre em suas próprias famílias, mas jogam a culpa nos outros. Para evitar o desperdício, a recomendação é que se tenha um olhar da cadeia agroalimentar como um todo. Em relação ao consumidor, ele avaliou que é cultural.
Descarte já na comercialização
As perdas começam antes mesmo do alimento chegar à mesa. Um exemplo é a Empresa Paraibana de Abastecimento e Serviços Agrícolas (Empasa) onde há comerciantes que descartam até 20% dos produtos que, por estarem amassados ou maduros demais, não servem para vender. No último mês de agosto, a Empasa recebeu 11.471 toneladas de alimentos e, de acordo com o técnico em comercialização da empresa, Gilmaudo Figueiredo, a média de desperdício chegou a 5% desse montante, o que representou 570.973.35 toneladas ao longo do mês.
Os produtos que mais se estragam na Empresa são tomate, pimentão, laranja, produtos do grupo de folhosas e outros, dependendo do estado de maturação que chegam ao entreposto atacadista. Ele explicou que vários fatores contribuem para os desperdícios. Um deles é o manuseio excessivo no processo de comercialização. As embalagens inadequadas também interferem.
Destinação
De acordo com Gilmaudo Figueiredo, os alimentos que não estão em condições de comercialização, mas podem ser consumidos são distribuídos pelos comerciantes para pessoas cadastradas pela Empada em parceria com o Sesc, através do programa Mesa Brasil Sesc.
Os alimentos que estão muito maduros, são recolhidos no mercado através dos coletadores e servirão para compor e balancear ração animal.
Já os produtos que não servem para alimentação animal, são processados, através do programa de compostagem. O produto final é comercializado e doado para instituições públicas.
Soluções
Atualmente, os diversos tipos de embalagem para transportes de produtos hortifruti estão sendo ajustadas a uma melhor adequação e comodidade dos produtos.
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